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EMPREENDEDORISMO FEMININO
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Há poucas décadas, ver mulheres à frente de empresas pareceria uma realidade distante. Levantamento feito pela PNADC (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) mostrou que em 2018 havia 9,3 milhões de mulheres à frente de uma empresa no Brasil, o que representa 34% de todos os donos de negócio do país. Santa Catarina segue a média nacional, com 33%.
Ainda que os números tenham avançado nos últimos anos, a presença feminina no “mundo dos negócios” ainda é tímida, se comparada com a dos homens que lideram com mais de 60%.
Manutenção das empresas
Para Marina Barbieri, analista técnica e coordenadora do Programa Sebrae Delas Mulher de Negócios, o impulso inicial para empreender é semelhante entre homens e mulheres. Porém, elas enfrentam mais dificuldades no que diz respeito à manutenção das empresas.
Conforme o relatório “Empreendedorismo Feminino no Brasil”, divulgado pelo Sebrae em março de 2019, a conversão de “empreendedoras” em “donas de negócios” é 40% mais baixa, se comparada com a dos homens. Há uma desistência maior no caso das mulheres.
Os fatores que levam ao encerramento precoce das atividades envolvem a falta de oportunidades, o preconceito e a tripla jornada.
“O mundo do empreendedorismo ainda é extremamente masculino e oferece mais espaço aos homens. Além disso, a mulher dedica 24% a mais de tempo à família. Ela tem que conciliar a vida pessoal, doméstica e profissional. Isso influencia na manutenção do negócio”, comenta Marina.
Networking
Estabelecer uma rede de contatos, ou networking, é importante para o sucesso e a continuidade de uma empresa. Para Marina Barbieri, as mulheres deveriam falar sobre os seus negócios, debater sobre empreendedorismo e expor as dificuldades. No entanto, ela destaca que os networkings, geralmente, são feitos em horários alternativos, como almoços ou happy hours.
Pelo fato de terem que conciliar o trabalho, a vida pessoal e a doméstica, a presença feminina nessas situações acaba sendo menor, o que prejudica o diálogo e as novas conexões que poderiam estimular o empreendedorismo entre elas.
A pesquisa da PNADC mostra que as mulheres donas de negócios dedicam 18% menos tempo ao trabalho do que os homens.
Perspectivas melhores
Apesar dos dados mostrarem que as mulheres ainda enfrentam uma série de dificuldades para empreender e se estabelecer no meio empresarial, a analista técnica do Sebrae acredita que a mulher está, cada vez mais, em busca da independência financeira.
“Ela quer se posicionar e conquistar seu espaço na sociedade. Isso passa pelo poder de decisão, de fazer o que quer e como quer. É um processo de amadurecimento da mulher e está evoluindo – a passos pequenos – mas está mais rápido do que antigamente”, diz Marina.
A analista salienta, ainda, que 38% dos lares são sustentados por renda que vem, exclusivamente, do trabalho feminino. “É um caminho sem volta e as entidades que fomentam o empreendedorismo estão percebendo isso. Estão buscando apoiá-las e fortalecê-las para que possam, de fato, ter um negócio sólido, próspero e bem planejado”, afirma.
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